gabriel garcía márquez, o queridinho nobel de literatura de 1982, fecha a conta e passa a régua. a causa desta infelicidade? além das 82 primaveras do escritor, um câncer linfático que faz com que o colombiano deixe de registrar seu mundo imaginário.
jornalista e escritor, fez de macondo o mundo das mais diversas possibilidades e banalidades, tornando o improvável, comum, por meio de um emaranhado de histórias e personagens familiares e homônimos no célebre e discutido livro, cem anos de solidão (1967). vale acompanhar-se de uma folha e canetas coloridas ao ler o livro a fim de desenhar a árvore ginecológica / pausa - [eu me permiti brincar.rs.] - volta / uma árvore genealógica para melhor entendê-lo. vale despender tempo e 'saco'. no fim, quem lê, gosta, ou não entende e finge que gosta.
as putas tristes em memória, ou memórias de minhas putas tristes (2004), como intitulado seu último livro, no qual eu adorava brincar com o título, são, diríamos, mais comuns e terrenas. ele brinca com seu passado e aventuras, provocando sentidos escondidos, perfumes velados, e o despudor presente no leitor. no romance, dedica um carinho insuportável por uma adolescente virgem.
ao ler, as sensações de nojo se confrontam às de vontades e respeito. as de raiva e incompletude, às de ternura e amor sincero de um personagem com o nonagésimo aniversário recém completo.
gabo vale para entendimento e viagem de vida. imaginativo e simplista. se tantos anos de solidão se dão entre a infinidade de personagens do livro, as putas em suas atitudes se caracterizam menos do que o peso que os seus títulos carregam.
pena que parou. mas pelo menos a minha lista de leitura do autor não será mais infinita [brincadeira!]. porém, garcía márquez, ainda dá pra desistir.
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