domingo, 10 de maio de 2009

2008-2009

não, não fui à virada cultural de 2007, 2008, 2009, ou qualquer outra,
não fui à bienal do livro, nunca,
não fui ao masp e mam,
não fui à exposição de picasso no brasil,
não tive acesso ao ano da frança no brasil,
não fui à vila madalena, mariana,
não vejo filmes franceses, italianos, alemães, afegãos, indianos, japoneses no cinema
e é difícil achar em locadoras,
quase não vejo filmes nacionais também.
não vou ao teatro, não tem teatro! a não ser uma vez ao ano.
não vou ao parque a não ser para tirar fotos e andar, andar e andar, assim também tem uma 'usina velha', onde vez ou outra (duas vezes ao ano) tomamos tereré. mas nem sabemos ao menos a importância de tal usina para a cidade ou população.
não conheço atração cultural.
vou ao shopping, o único.
não vou à livraria, não tem!
não vou ao café, não tem! tem, mas é como se não tivesse.
fui à aldeia uma vez pela manhã, num evento de uma universidade. uma outra vez... deixa pra lá... 
aprendi que devemos odiar índios e pobres. não os odeio e até já amei um.
não fui ao gp de f1,
não vou a shows, nunca cantarolei ao vivo com maria rita, rita lee, emerson nogueira, kiss, jack johnson, guns, ou qualquer coisa que me apeteça,
já fui a algumas violadas, péssimas, por sinal. 
nunca fui ao pacaembu,
nunca fui ao hopi hari e nem ao play center,
não conheço bares bons com música boa.
não fui ao ibirapuera.
fui ao parque das nações indígenas, museu fechado!
fui a um espetáculo político de direita, neste sim, comi comida boa e dei muitas risadas. grandes proprietários de terra, praticamente donos do estado vangloriavam-se, entre tropeços gramaticais, serem 'os empregadores' e necessitados de terra produtiva. tentam tomar mais uma vez a propriedade indígena da cidade.
aprendi a gostar de indígena.
não fui amada,
não fui ao mercadão municipal e nem à 25 de março,
não fui ao itaú cultural,
não fui ao show gratuito de andrea bocelli
não fui à são silvestre e nem à av. paulista.
não fui a cantinas italianas e nem ao restaurante neo-zelandês,
nem ao restaurante mineiro.
comi carreteiro.
tomei tereré.
conheci bonito-ms. isso me valeu!
acampei, nadei e morri de felicidade.
conheci ari artuzi e sua 'cabeça' contagiosa,
suas mãos compradas em pedro juan caballero,
sua camisa suja e fedida e suas palavras sem sentido.
vomitei.

contudo, continuo corinthiana, brasileira e paulista.


Um comentário:

Sarah disse...

Ehhhh ... O pior de tudo que o que vc disse eh a lastimável verdade dessa "cidade universitária" .. Mas eh assim, o q podemos fazer é mudar essa rotina e tentar descobrir coisas novas .. O q acha ?? rsrs ..
BjOs